Desidratação: Trata-se
da perda excessiva de líquidos e sais minerais do corpo. Normalmente,
perdemos cerca de 2,5 litros de água por dia, através de suor, saliva,
urina e fezes. Configura quadro de desidratação quando a perda diária
ultrapassa esta média, geralmente ocasionada por fatores relacionados ao
verão, como transpiração
excessiva ou vômitos e diarreia por ingestão
de alimentos mal conservados. Quando desidratado, o indivíduo sente
sede, fica com a boca, as mucosas e os olhos ressecados, passa longos
períodos sem urinar e sofre aumento da irritabilidade. Para evitar a
desidratação, as principais recomendações envolvem ingestão constante de
líquidos frescos, consumo de alimentos leves e igualmente frescos, uso
de roupas leves e permanência em ambientes arejados e com sombra.
Micoses: São
pequenas infecções causadas pela proliferação excessiva de fungos em
determinadas partes do corpo. Geralmente, as partes afetadas são as mais
quentes e úmidas, pois oferecem as condições ideais para reprodução dos
fungos. O fornecimento destas condições específicas é favorecido
durante o verão, com o aumento das temperaturas e a maior exposição do
corpo a ambientes molhados. Ambientes comunitários onde ocorre contato
direto com a pele, como praias, piscinas e vestiários, também são
propícios para a proliferação destes micro-organismos. As regiões
lesionadas pelas micoses apresentam vermelhidão, coceira, irritação e
ressecamento. Para evitar as micoses, recomenda-se manter todas as
dobras do corpo bem secas e higienizadas (virilha, axilas, entre os
dedos dos pés), não usar sapatos fechados ou com meias durante dias de
calor intenso, preferir roupas leves, não compartilhar toalhas e
calçados de outras pessoas e não andar descalço em ambientes públicos.
Insolação: Trata-se
de um distúrbio no mecanismo de controle da temperatura do corpo,
proveniente da exposição prolongada a um ambiente quente e seco,
geralmente envolvendo exposição direta ao sol. Este distúrbio provoca um
mal-estar generalizado, com ocorrência de febre alta, pele seca e
avermelhada, pulsação acelerada, falta de ar, enjoo, vômitos, tonturas e
até desmaios. Para se manter afastado dos males da insolação, não se
exponha ao sol entre as 10 e as 16h, tome cerca de 3 litros de água por
dia, aplique o protetor solar 15 minutos antes de sair ao sol, repasse a
cada 2 horas e mantenha a pele sempre hidratada.
Bicho Geográfico: É
a doença cutânea causada pela entrada da Larva Migrans na pele, através
de cortes ou feridas. Após alcançar o interior da pele, a larva caminha
pelo local traçando contornos perceptíveis do lado exterior, o que gera
sensações de coceira, vermelhidão e inchaço no local afetado.
Normalmente, o bicho geográfico instala-se na região do pé, por conta do
contato direto com gramados ou areia, ambientes que retêm umidade e
protegem as larvas do calor, conservando-as vivas. Como estas larvas
chegam a estes ambientes através das fezes de cachorros e gatos, a
maneira mais eficaz de evitar o bicho geográfico é recolhendo as fezes
destes animais domésticos depositadas nos locais público (o que ainda
contribui para vários outros aspectos de preservação da saúde pública),
além da desparasitação dos animais através de medicação. Outra medida
importante é não andar com os pés descalços nestes ambientes de risco.
Intoxicação alimentar: É
a reação do organismo após a ingestão de alimentos contaminados por
micro-organismos nocivos. As altas temperaturas do verão dificultam a
conservação adequada de alguns alimentos e contribuem para a
proliferação destes micro-organismos. Após o consumo, as reações são de
náusea, febre, vômitos, diarreia e desidratação, causando um mal-estar
generalizado. Verificar quesitos como consistência/aroma/odor dos
alimentos e utilização de luvas/toucas nos estabelecimentos
gastronômicos ajudam na prevenção da intoxicação. Evitar comidas de
ambulantes e alimentos contendo ovo/peixe sem procedência conhecida
também é importante.
Dengue : O
ambiente propício para a reprodução do Aedes aegypti envolve calor e
chuva, o que coincide exatamente com as principais características
climáticas do verão. Durante esta estação, é preciso redobrar a atenção:
febre, manchas e dores no corpo podem significar dengue, quadro capaz
de atingir graves estágios. Para ficar longe deste risco, é essencial
acabar com todo possível foco de reprodução. Vasos, pneus, garrafas PET
ou quaisquer outros recipientes que possibilitem acúmulo de água devem
ser retirados. O uso de repelente contra insetos evita picadas que
possam transmitir o vírus.
Brotoeja: Forte
irritação cutânea por conta da obstrução das glândulas sudoríparas.
Esta obstrução pode ser causada pelo uso de cremes ou de roupas fechadas
que impeçam a transpiração completa. Como o verão é a época onde mais
transpiramos e mais usamos filtro solar, os dois fatores se somam e
resultam no aparecimento da brotoeja. As bolinhas geralmente aparecem
nas regiões com dobras, e causam desconfortos relacionados a coceira,
vermelhidão, sensibilidade e queimação no local. Para se prevenir contra
a brotoeja, vale optar por roupas leves e de algodão, filtros solares
em spray/gel e ambientes arejados.
Fitofotodermatose: Muito
comuns no verão, as fitofotodermatoses são as conhecidas queimaduras
causadas pela exposição da pele que teve contato com frutas cítricas ao
sol. Bastante associadas ao limão, estas queimaduras causam manchas
escuras na região afetada que, apesar de não arderem, levam mais de 4
semanas para sumirem completamente e são bastante incômodas. Apesar de
parecerem meramente estéticas, estas queimaduras também podem prejudicar
a pele e acelerar o envelhecimento. Para evitá-las, o cuidado é simples
mas necessário: lave as mãos com atenção após lidar com frutas
cítricas. Use sabão e esfregue-as completamente, fazendo o mesmo com
eventuais outras partes do corpo que também tenham entrado em contato.
Otite: É
todo tipo de inflamação ou infecção no canal do ouvido. Ocorre com
maior frequência no verão, pois o acúmulo de água do mar ou da piscina
no canal auditivo é um prato cheio para seu desenvolvimento. A otite é
bastante incômoda, por provocar dor de ouvido aguda e, em alguns casos,
febre. Pode ser evitada em alguns hábitos simples, como não passar
tempos exagerados em atividades de imersão e suspender todo passatempo
aquático logo nos primeiros sinais de dor.
Conjuntivite: Trata-se
da inflamação da Conjuntiva, a fina membrana que reveste o globo
ocular, que pode ser desencadeada por agentes tóxicos, alergias,
bactérias ou vírus. No verão, a conjuntivite mais comum é a bacteriana,
porque as bactérias causadoras se propagam na água e contaminam os olhos
durante os mergulhos no mar ou na piscina. Os desconfortos da
conjuntivite são característicos, como inchaço, ardência, vermelhidão,
coceira, fotofobia e presença de secreção, com incômodo ainda maior em
dias de alta temperatura.
Fonte: Agemed
Fonte: Agemed
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