motorista Mário José Ferreira foi confundido com um assaltante ao fazer uma compra de bolo de
rolo para o patrão em um estabelecimento da Zona Norte, na noite da sexta-feira (20). Ao G1, ele relatou o constrangimento que passou. Por não ter todo o dinheiro da conta, ele precisou voltar ao carro para pegar o restante da quantia, mas foi impedido de voltar à loja e revistado por policiais.

“Não gosto nem de descrever o que aconteceu. Um cara que paga seus impostos com uma arma em cima de você e todo mundo olhando. Os ônibus, os motoqueiros... Eu não sei o que dizer, a minha cabeça está a mil. Que tipo de assaltante deixa R$ 600 e sai?”, contou o motorista neste sábado (21).

A Casa dos Frios afirmou que uma funcionária teve a impressão de vê-lo com uma arma e, por isso, a Polícia Militar foi acionada. Segundo Mário, os funcionários da loja pareciam desconfortáveis com a presença dele desde sua chegada ao estabelecimento.

"Eu tenho a empresa, meu patrão, que estão à frente disso aí. Mas não sou só eu, muita gente passa pela mesma situação. Sou mais um negro que passou por isso, só que a maioria não tem advogado", lamentou, contando ainda que todo o processo levou cerca de duas horas.

O caso foi divulgado nas redes sociais pelo advogado Gilberto Lima, chefe de Mário, que contou que o motorista precisou sair da loja para pegar o dinheiro que faltava para completar a conta. “Quando voltou, começou o pesadelo: fecharam a loja, não o deixaram entrar e ele foi abordado pela Polícia Militar - que àquela altura já havia sido chamada para impedir o 'assalto'”, explica o advogado.

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